Linked... Dinâmica das redes de resenha

LINKED... DINÂMICA DAS REDES DE RESENHA

O interesse no estudo de redes complexas permeia todo o século XX. Iniciado pelas ciências exatas, notadamente matemáticos e físicos trouxeram as maiores constribuições para o estudo das redes, que depois foram absorvidas pela sociologia, na perspectiva da análise estrutural das redes sociais.

Alber Albert-László Barabási é professor de física na Universidade de Notre Dame e dirige pesquisas em networks complexas. Seu trabalho foi divulgado em quase toda mídia científica e comercial, incluindo Science e The New York Times.

No livro “Linked: A Nova Ciência das Redes”, Barabási verificou que os sites que formam a Web têm determinadas propriedades matemáticas que dependem de três condições para se configurarem como rede:

  • Expansão: a primeira é que a rede tem de se expandir, crescer. Tal condição de crescimento é muito importante, assim como a idéia de emergência que a acompanha. Está em constante evolução e adaptação e existe acentuadamente com a rede.
  • Conexões Preferenciais: a segunda refere-se às conexões preferenciais, ou seja, novos integrantes vão querer se ligar a hubs, que participam da rede com mais conexões.
  • Aptidão Competitiva: a terceira característica denomina-se aptidão competitiva, que, em termos de rede, implica em sua taxa de atração.

Com esta abordagem, Barabási demonstrou que as redes mais poderosas não eram formadas de modo aleatório. Ele acreditava que, como os estudos de Watts e Strogatz e de Granovetter tinham apontado, existia uma ordem na dinâmica de estruturação das redes, algumas leis bem específicas.

Essa lei, ou padrão de estruturação, foi chamada por Barabási de “rich get richer”- ricos ficam mais ricos. Ou seja, quanto mais conexões um nó possui, maiores as chances de ele ter mais novas conexões. Ele chamou essa característica de preferential attachment ou conexão preferencial: Um novo nó tende a se conectar com um nó pré-existente, mas mais conectado.

Essa afirmação implica em outra premissa fundamental: As redes não seriam constituídas por nós igualitários, ou seja, com a possibilidade de ter, mais ou menos, o mesmo número de conexões. Ao contrário, tais redes possuriam nós que seriam altamente conectados (hubs ou conectores) e uma grande maioria de nós com poucas conexões em seu entorno. Os hubs seriam os “ricos”, que tenderiam a receber sempre mais conexões. As redes com essas características foram denominadas por ele “Sem Escala” (Scale Free).

Tratando um tema denso e complexo em termos matemáticos, como o comportamento e dinâmica de uma rede, o livro “Linked: A Nova Ciência das Redes” quebra paradigmas e dogmas que ainda hoje são comunmente defendidos no meio acadêmico e de negócios e que limitam a compreensão do perfil e caracterísitcas de uma rede e sua aplicação prática. Uma leitura indispensável para qualquer profissional ou estudioso que tenha a Web como canal e ambiente de influência em suas atividades.

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