As pressões sobre o administrador moderno nunca foram tão grandes.
A concorrência está acirrada e universalizada, os elevados níveis de qualidade requeridos aos bens e serviços não representam sequer vantagem competitiva devido à padronização, clientes satisfeitos não são mais garantia de fidelidade e esperam que as empresas atendam efetivamente às suas crescentes exigências.
Este modus operandi dos negócios reduziu possibilidade de margem de erro do tomador de decisão e aumentou a importância das atividades relacionadas à Administração Estratégica. E se isto é verdade para o CEO, para o CMO e para o CFO, é igualmente para o CIO, que respira uma indústria em constante transformação.
O papel da Administração Estratégica é captar e transformar a vasta quantidade de informações disponíveis em conhecimento competitivo e comunicá-lo de forma a produzir ações na corporação.
Algumas citações da história, que dispensam comentários das decisões que poderiam ser tomadas por seus apoiadores, nos mostram a importância do posicionamento estratégico:
Tendo em vista a necessidade de trabalhar com múltiplas possibilidades, vamos discorrer neste artigo sobre uma ferramenta de Inteligência Competitiva, a Análise Prospectiva de Cenários.
O primeiro passo é responder à pergunta: Quando a minha organização precisará trabalhar com análise de cenários?
O encontro com uma ou mais situações descritas abaixo podem revelar esta necessidade:
Um cenário é, segundo Godet, o “conjunto formado pela descrição, de forma coerente, de uma situação futura e do encaminhamento dos acontecimentos que permitam passar da situação de origem à situação futura.”.
A técnica permite visualizar possíveis futuros para se tomar decisões coerentes aos valores empresariais, de forma a vislumbrar o potencial de aumento do retorno aos acionistas para uma gama diversa de cenários.
Portanto, as decisões tomadas não podem ser reféns de uma única possibilidade de futuro.
A elaboração de cenários inicia-se pela definição da área de interesse e compreende a identificação dos principais componentes e processos do sistema.
Assim, são identificados os mercados, principais players e os anos em que os cenários serão desenvolvidos. Aplica-se isso também sobre a abrangência geográfica dos cenários.
Seqüencialmente, parte-se para a definição das variáveis-chave e forças motrizes do ambiente; estas podem ser simples variáveis que são calculadas por um modelo matemático financeiro, ou valores intangíveis como o conhecimento gerado em uma empresa.
Deve-se considerar todos aqueles fatores aos quais o tomador de decisão não gostaria de ser surpreendido, tais como:
A partir da combinação destas variáveis, são gerados os cenários qualitativos através da descrição, em forma narrativa, das imagens alternativas e possíveis do futuro. Inicialmente, é recomendável produzir, no mínimo, quatro cenários de referência.
Os cenários combinam uma grande quantidade de conhecimento quantitativo e qualitativo e transmitem os resultados de uma análise integral de forma transparente e compreensível. Com posse destas informações o tomador de decisões pode:
Portanto, a utilização da análise de cenários gera vantagens competitivas às empresas, ao auxiliar na definição de estratégias, e permite que a organização enfrente um ambiente incerto.
Além disso, gera valores intangíveis importantes, ao promover a comunicação dentro da empresa, o exercício da criatividade e análise e o aprendizado organizacional.